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VISOR DE NÍVEL: MEDIÇÃO E CONTROLE DE FLUIDOS EM OPERAÇÕES INDUSTRIAIS.

Amplamente utilizado em processos industriais de controle, o visor de nível é uma solução simples, eficaz e com ótima relação custo-benefício. Confira neste artigo mais detalhes sobre o equipamento, conheça os diferentes tipos e suas melhores indicações.

Antes de mais nada, entenda o que é nível.

De forma simplificada, nível é a altura de um determinado conteúdo (líquido ou sólido) no interior de um tanque ou reservatório.

Na indústria, essa variável é importante tanto para o equilíbrio e manutenção dos processos industriais, quanto para cálculos de custos e inventários.

Quais as opções de medição do nível e qual sua importância?

Os sistemas disponíveis para medição de nível variam bastante em complexidade, o mercado conta com visores de nível simples para leituras locais até modelos de indicação remota, registro ou controle automático.

O objetivo de medir o nível de um reservatório é manter essa variável (nível) em um valor fixo ou entre dois valores determinados, ou ainda, determinar a quantidade (volume ou massa) de um fluido.

Dois métodos de medição são utilizados: direto, que usa como referência a altura máxima da substância medida, para essa finalidade, aplicam-se réguas e gabaritos, visores de nível e boias (ou flutuadores).

E o indireto, que considera uma segunda variável para determinar o nível do conteúdo, neste caso, avalia-se através do empuxo, pressão diferencial (diafragma), borbulhador, capacitância eletrostática, ultrassônico, pesagem, raio gama.

Para determinar a opção mais adequada, é preciso considerar o tipo do conteúdo, se líquido ou sólido, propriedades da substância, pressão, temperatura etc.

Visores de nível em aplicações industriais

Visores de nível são instrumentos simples e muito eficientes utilizados exclusivamente para a medição de nível de líquidos por indicação visual e direta.

De modo geral, compreende um tubo de vidro com extremidades metálicas que são acopladas na base do reservatório e em seu ponto mais alto, permitindo a leitura precisa do nível de líquido, mesmo em altas pressões.

Os visores de nível oferecem baixo custo em comparação a outros instrumentos, e são o modelo de escolha, a não ser em casos em que a pressão e a temperatura sejam excessivas e não permitam sua utilização.

Os visores proporcionam fácil manutenção, segurança nas operações e estão disponíveis nas versões tubular, plana, magnética e especiais para caldeiras. Confira mais detalhes a seguir.

Visor de nível tubular

Modelos fabricados com tubo de vidro reto, com espessura adequada ao tipo de aplicação, comprimento e diâmetro de acordo com as condições as quais os visores serão submetidos.

Os tubos são fixados entre duas válvulas de bloqueio, e ao redor dos tubos são montadas hastes metálicas ou chapas plásticas para protegerem o vidro contra impactos.

Os visores de vidro tubulares são recomendados para processos com pressões de até 2,0 bar e temperaturas que não ultrapassem muito os 100 °C.

Em relação ao comprimento do tubo, orienta-se que no máximo tenha 750 mm, em caso de alturas maiores, a recomendação é incluir um ou mais visores sobrepostos.

Não é recomendado o uso com líquidos tóxicos, inflamáveis ou corrosivos, pois a fragilidade desses instrumentos aumenta a probabilidade de perda de produto contido no equipamento.

Visor de nível plano

Comumente utilizado em plantas industriais, os visores de nível planos são compostos por um ou mais módulos (seções dos visores) onde são fixadas as barras planas de vidro.

A altura das seções costuma variar de 100 a 350 mm, e dependendo da altura a ser medida, os visores podem ser compostos por algumas seções – respeitando a recomendação de quatro seções no máximo.

Caso a altura a ser medida exija mais seções, orienta-se usar dois ou mais visores sobrepostos.

Para as variações amplas de temperatura do fluido, o visor deverá contar com loops de expansão para que sejam possíveis os movimentos de dilatação e contração sem danificar o equipamento.

O vidro aplicado a esse tipo de visor é o borossilicato temperado, resistente a choques térmicos e mecânicos, e ele pode ser refletivo (reflex) ou transparente.

Visor de nível plano com vidro refletivo

Nesta adaptação, o vidro apresenta ranhuras prismáticas na face interna, e baseia-se na lei ótica da reflexão total da luz.

O que se tem é uma cor prata brilhante onde não há líquido, pois ocorre uma reflexão total.

Já na região onde há líquido, não ocorre a reflexão total, e, portanto, visualiza-se uma cor escura (geralmente preta).

Quando evitar o uso de vidro refletivo?

O vidro refletivo não deve ser utilizo em algumas situações, veja abaixo. 

Fluidos corrosivos ao vidro: inclui-se também o vapor d’água saturado a pressões superiores a 30 bar. Tais aplicações requerem que a superfície interna do vidro seja protegida contra o ataque do agente corrosivo, o que prejudica a ação dos prismas.

Fluidos viscosos: a impregnação do fluido ao vidro desfavorece a ação dos prismas.

Espaços com iluminação inadequada.

Detecção da interface de dois líquidos não miscíveis (misturáveis): o visor ficaria escurecido por igual na região onde qualquer dos dois líquidos não miscíveis estivesse presente.

Visor de nível plano com vidro transparente

O modelo visor de nível transparente possui dois vidros, um na face anterior do visor e outro na face posterior, que permitem a entrada de luz ao equipamento.

O raio de luz entra por um dos vidros e é absorvido parcial ou totalmente pelo fluido dentro do visor de nível.

A parte com vapor absorve menos luz comparada a parte com líquido, isso proporciona contraste ao observador.

Esse tipo de visor aplica-se a fluidos coloridos, viscosos, corrosivos (associado a material protetor, como mica) e em presença de dois líquidos.

Visor de nível blindado (magnético)

Nesta categoria de visores tem-se um tubo metálico conectado ao equipamento através de duas conexões. 

Uma boia cilíndrica com imã, no interior do tubo, emite um campo magnético que faz a movimentação das palhetas na face externa do tudo – não há contato com o fluido.

De modo geral, as palhetas são posicionadas em intervalos de 10 mm e podem ser de plástico ou cerâmica.

De acordo com a variação do nível, a boia magnética faz com que as palhetas se movam a 180°, modificando a cor e indicando o nível.

Esse modelo é o mais adequados para fluidos perigosos, tóxicos, situações em que o vidro não pode ser rompido.

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